Ariano Suassuna | Foto: Ilustração |
Dica de Leitura de hoje da Biblioteca Pública do Estado da Bahia homenageia o dramaturgo, romancista, escritor, teatrólogo, poeta, professor e advogado brasileiro Ariano Suassuna. Sexto ocupante da Cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 3 de agosto de 1989, Ariano faleceu no dia 23 de julho de 2014, no Recife, aos 87 anos.
Nascido em João Pessoa, na Paraíba, Suassuna fez os seus primeiros estudos na cidade de Taperoá, para onde mudou-se após a morte de seu pai, e lá assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Trabalhou como advogado enquanto escrevia suas peças. A de maior sucesso, Auto da Compadecida, foi escrita em 1955, e com o texto, Suassuna ficou conhecido nacionalmente e a obra ganhou uma famosa adaptação exibida pela Rede Globo em 1999. Com direção de Guel Arraes, a versão contou com a atuação de Selton Mello, Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Marco Nanini, entre outros. Após abandonar a advocacia, em 1956, Ariano passou a lecionar na Universidade Federal de Pernambuco, e escreveu inúmeras peças, entre elas, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro. Foi também Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967), iniciou o Movimento Armorial, em Recife, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais, e construiu em São José do Belmonte (PE), onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
Ariano Suassuna foi Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Faculdade Federal do Rio Grande do Norte (2000), e em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.
Os frequentadores da Biblioteca podem encontrar as obras de Ariano Suassuna no Setor de Empréstimo. Dentre as obras disponíveis em destaque estão O Auto da Compadecida, O santo e a porca e O Casamento Suspeitoso, A Pena e a Lei e Romance d'a pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. O Setor funciona de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 21h, e aos sábados, das 08h30 às 12h. A solicitação de livros deve ser feita mediante cadastro prévio no próprio setor, e para se cadastrar é simples: basta ter mais de 13 anos e trazer um comprovante de residência e a carteira de identidade.
Fontes: academia.org.br | educacao.globo.com
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