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Uma pessoa. Com direito a fazer apenas uma questão
sobre a arte e a experiência humana, à procura de uma resposta em uma conversa
a três. Essa é a Noite do Oráculo,
que integra a programação do projeto MAM Manifesto. E essa é apenas uma delas. “A
partir de uma conversa, você pode especular respostas possíveis para as
questões que inquietam”. Essa é explicação do diretor do Museu de Arte Moderna
da Bahia (MAM-BA), Marcelo Rezende, para as intenções que guiam a realização do
evento que acontece no dia 1º de novembro, no Casarão do MAM-BA.
O pensamento sobre encontrar respostas
através do contato não termina com a Noite do Oráculo. O evento se traduz como
um episódio emblemático da política do museu para a criação de espaços de
diálogo, troca e interações. No encontro (que acontece na noite entre o Dia das
Bruxas e o feriado do Dia de Finados), um representante do museu e o artista
Arthur Scovino, ao lado de uma pessoa sorteada entre as previamente inscritas,
farão do diálogo um meio para encontrar uma possível resposta para o até então
misterioso assunto. “Estamos construindo ferramentas para ampliar nossas
possibilidades, novas peças para um programa que supõe o museu como um centro
de pesquisa e de diferentes conhecimentos que surgem a partir de encontros e de
ações desse tipo”, explica o diretor, que prepara junto com a equipe do museu e
seus colaboradores o lançamento da Revista Contorno, produzida e editada pelo
MAM-BA.
Depois de pesquisar sua história, o museu
cria agora uma plataforma para a sua própria narrativa, processos, documentação
e pensamento. Segundo seus realizadores, a Revista Contorno é uma janela para
observar as ideias, os sentimentos, os autores e os demais elementos que se
articulam para criar uma política do museu, com suas escolhas por determinados
artistas e seu entendimento dos espaços presentes nas atividades do MAM e da
Bienal.
O lançamento da publicação bilíngue acontece
na noite de 8 de novembro, simultaneamente ao evento que dá nome ao programa
MAM Manifesto, no qual os convidados – os diretores Márcio Meirelles e Fernando
Guerreiro e o ator transformista Mitta Lux – realizam leituras públicas de
manifestos seminais para a história da cultura brasileira.
Com uma política de tornar evidente o
pensamento do museu, aumentando seu alcance e expondo a reflexão em um espaço
de discussão pública, o MAM-BA realizou ao longo do ano – e realiza
especialmente durante o mês de seu aniversário no Solar do Unhão – leituras
públicas, debates, uma série intercâmbios que ganham força e outras
possibilidades com as novas publicações do museu e as ações educativas. Além
disso, o museu recebe no dia 9 de novembro a Escola da Dança da UFBA para uma
apresentação especial. A ideia central que guia ações é fazer circular as
ideias e cuidar para que elas se relacionem plenamente com o lugar e o tempo,
pensando o museu não através de seu aspecto físico, mas imaterial, como uma
microutopia que se manifesta através das suas diversas atividades.
Confira a programação: http://migre.me/grY8v
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