"Prisão, tortura e deportação eram alguns dos métodos de opressão utilizados pelos governantes baianos para reprimir as grandes greves ocorridas no Brasil, no período de 1917 a 1919, época de pós guerra”, afirmou o professor Aldrin Armistrong Silva Castelluci, em palestra no Curso Conversando com sua História ocorrido na tarde desta segunda-feira, na sala Kátia Mattoso, da Biblioteca Pública do Estado. O palestrante que destacou ainda a parcialidade da mídia do período e a divergência dos partidos políticos nas disputas eleitorais como também, a decadência econômica do estado, devido a crise nas industrias açucareira como fatores que contribuíram para o 'boom' da greve de 1919. “A competição entre as oligarquias era tão forte que em 1912, a Bahia foi bombardeada para que se consolidasse o governo de J.J SEABRA”, disse o professor Aldrin Armistrong.
Perfil- De acordo com o professor Aldrin, a classe operária era formada por negros e mestiços que herdaram a pobreza e as péssimas condições de trabalho, da época do Brasil escravista. “Diferente de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e da região do sul do Brasil, que entre 1870 e 1920 receberam milhões de emigrantes europeus para trabalhar nas indústrias cafeeiras, na Bahia não houve isso e a atividade açucareira, onde girava a economia do estado se encontrava em momentos de decadência”, afirma o professor.
Elogio - O professor destacou o trabalho desenvolvido pela Biblioteca Pública do Estado e sua importância no avanço das pesquisas acadêmicas na Bahia ressaltando competência na disponibilização de materiais e o atendimento oferecido pelos funcionários ao publico. “Tenho muito carinho por esta Instituição! Aqui pude complementar e encontrar arquivos que não encontraria em outros lugares. Além de ótimo tratamento oferecido aos pesquisadores. Esta casa esta de parabéns”, elogia Aldrin.
Atenção - No próximo Encontro do Curso Conversando com sua História, do Centro de Memória da Bahia haverá uma alteração na temática. Por motivos de agenda, a próxima palestra, marcada para o dia 3 de outubro será “Bibliofilia e marginalia: relações curiosas” proferida pela professora Graça Catalino.
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