Capa de "Estação Carandiru" |
A Dica de Leitura de hoje é para
os deficientes visuais. Os audiolivros "Macunaíma", de
Mario de Andrade, e "Estação Carandiru", de Drauzio Varella, são os
destaques do dia e podem ser encontrados no Setor Braille, que funciona de
segunda a sexta-feira, das 08h30 às 21h.
Os audiolivros são obras
diferenciadas, onde as histórias são contadas através da voz. Além dos livros
doados, o Setor Braille, que tem cabines especiais para a audição dos livros,
conta com um acervo variado de audiolivros, filmes, livros e revistas em
braille.
Macunaíma
Macunaíma é um romance de 1928 do
escritor brasileiro Mário de Andrade, considerado um dos grandes romances
modernistas do Brasil. A personagem-título, um herói sem nenhum caráter
(anti-herói), é um índio que representa o povo brasileiro, mostrando a atração
pela cidade grande de São Paulo e pela máquina. A frase característica da
personagem é "Ai, que preguiça!". Como na língua indígena o som
"aique" significa "preguiça", Macunaíma seria duplamente
preguiçoso. A parte inicial da obra assim o caracteriza: "No fundo do
mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho
do medo da noite."
Estação Carandiru
No best-seller, o autor conta sua
experiência como médico voluntário, a partir de 1989, na Casa de Detenção de
São Paulo, onde realiza atendimento em saúde, especialmente na prevenção da
AIDS. Conta o que ouviu dos presos ou o que presenciou e termina com um relato
do massacre de 1992, quando foram assassinados cento e onze detentos no
"Pavilhão 9". O autor registra que, segundo os presos, foram mais de
"...250 mortos, contados os que saíram feridos e nunca retornaram". Editado
pela Companhia das Letras, o livro é considerado um dos maiores fenômenos
editoriais brasileiros, com mais de 460 mil exemplares vendidos e Prêmio Jabuti
2000 de Livro do Ano de Não-Ficção. Foi adaptado para o cinema com o filme
Carandiru.
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