2011 foi o ano do bicentenário da Biblioteca Pública do Estado da Bahia. Conhecida por alguns como Biblioteca Central dos Barris, poucos sabiam que esta foi a primeira biblioteca pública do Brasil e da América Latina. Orgulho para nós baianos, várias ações culturais marcaram esse grande aniversário: lançamentos, debates, palestras, apresentações artísticas e exposições. A informação foi apresentada em suas diversas linguagens a um público de aproximadamente 42 mil pessoas, entre crianças, idosos, estudantes e pessoas com deficiência, que têm na biblioteca um atendimento especial.
Confira uma breve restrospectiva das ações comemorativas dos 200 anos da Biblioteca Pública:
13 de maio de 2011: Data de criação oficial da biblioteca e que marcou o início dos festejos. Entre os convidados da festa estavam o atual diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, Antônio Miranda e Gina Marocci, que realizou uma palestra sobre a importância da Biblioteca Pública do Estado para o Brasil e para a Bahia. Além disso, houve a performance teatral da Cooperativa Baiana de Teatro e a apresentação da Companhia Cabriola de Teatro com a premiada peça "Os Prequetés". À noite, o público pôde participar da 1ª edição do Bate-Papo "Tirando de Letra" com a presença de personalidades como Rita Batista, Olívia Santana, Lazzo Matumbi e Jackson Costa, que falaram sobre a relação deles com a Biblioteca e a influência da leitura em suas carreiras. O encerramento foi celebrado com a Orkestra Rumpilezz e sua mistura musical de percussão africana com jazz.
04 de agosto de 2011: Data de abertura oficial da Biblioteca ao público que foi comemorada, mais uma vez com rica programação cultural. Pela manhã, o público foi recepcionado com a descontração do Palhaço Sabiá e, em seguida, teve a oportunidade de conhecer Luís Augusto Milanesi, criador do Sistema de Bibliotecas Públicas do Estado de São Paulo e um dos grandes nomes no segmento de ações culturais em bibliotecas. O teatro mais uma vez ganhou cena com a peça teatral Diferente e seu formato inovador e inclusivo com a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Houve também a realização da 2ª edição do Bate-Papo "Tirando de Letra", dessa vez, com a participação de Marilda Santana, Jardilina Oliveira, Luiza Câmera, Vevé Calazans e Gabriel Francisco Maciel. Abrindo a parte do encerramento, o palco do Quadrilátero recebeu a atriz global Elisa Lucinda, com a declamação de poemas de sua autoria, finalizando com o projeto musical Cabeça de Todos Nós composto por Magary Lord, Peu Meurray, Saulo Fernandes, Emerson Taquari, Larissa Luz, Fábio Alcântara e Leonardo Reis.
04 de novembro de 2011: Lançamento do livro “A Biblioteca Pública da Bahia: dois séculos de histórias”, escrito por Francisco Soares, Laura Carmo, Carmem Aziz e Sisaltina Coelho, durante a X Bienal do Livro da Bahia.
05 de novembro de 2011: Realização da IV Lavagem da Biblioteca. Com um cortejo saindo do Campo Grande em direção aos Barris, a lavagem “profano-literária”, invadiu as ruas do centro da cidade para comemorar o Dia da Cultura e dar início à programação do Novembro Negro da Fundação Pedro Calmon/SecultBA. O cortejo formado por baianas, poetas, escritores, artistas, estudantes e populares, foi conduzido por um minitrio ao som eclético de Os Multipétalos e Percussivo Mundo Novo. Chegando à sede da Biblioteca, nos Barris, o público pôde se deliciar com um saboroso acarajé ouvindo o show eletroacústco da cantora Márcia Short, com a participação especial do cantor Tonho Matéria, seguido do ritmo blacksemba de Magary Lord.
No diálogo do livro com as diversas linguagens artisticas, outras atrações movimentaram a Biblioteca ao longo do ano de 2011 como Davi Moraes e Lucas Santtana (encerramento do Festival "Curta-Encontro"), Marcus Welby (comemoração de 70 anos de Roberto Carlos), entre outros que firmaram o nosso espaço mais do que um centro de informação, um pólo cultural.
Diante de tantos acontecimentos, a diretora da Biblioteca, Kilma Alves, avalia que "em boa medida, as novas mídias nos trazem reflexões contínuas sobre nós, quanto biblioteca, de absorvermos essas múltiplas linguagens. Observamos que essa nova forma de comunicação traz um público diferente, mais crítico, que quer a informação além daquela impressa”.
200 anos se passaram, mas a nossa história continua a ser escrita a cada dia.
Seja você também um de nossos autores!
Boas festas de final de ano e que venham mais 200 anos!
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