O artista plástico Zéu Borges, que está com a exposição Hoje é um bom dia para ser feliz no Foyer da Biblioteca, concedeu uma entrevista à Biblioteca Viva e contou sobre o processo de criação, influências e inspiração dos seus quadros. Confira:
Biblioteca Viva: De onde surgiu a ideia de misturar as texturas e elementos nos quadros?
Zéu Borges: Eu reciclo coisas desde pequeno e na queima da cerâmica se perde pelo menos 10% do material. Um dia, tive a ideia de reaproveitar esses pedaços e misturar com outras texturas.
BV: Como é o processo de realização?
ZB: primeiro eu trabalho na modelagem e queima da argila e depois passo para a fixação da massa acrílica. As peças são feitas uma a uma e os movimentos vêm do imaginário. O interessante é que mesmo com as peças fixas, a sensação de movimento é contínua.
BV: Quais foram as inspirações para fazer os quadros da mostra?
ZB: A influência de Salvador e a afinidade que tenho com a estética negra, um pouco de vidas passadas... Enfim, não é uma resposta muito certa...
BV: Essa é a primeira vez que você expõe obras com essa técnica?
ZB: Esse ano fiz uma no Teatro Gamboa e já expus em alguns locais dos interiores de Seabra e Palmeiras, usando a mesma técnica e temática negra, porém sempre variando nas mensagens e títulos.
BV: Por que escolheu o nome Hoje é um bom dia para ser feliz?
ZB: É um questionamento que trago. Em vez de estarmos complicando, vamos facilitar um pouco mais,. A necessidade de ser aceito pelos outros em vez de descobrir o que realmente você é e o tempo curto para muita coisa consome a gente. Vejo essas coisas ao meu redor e não quero isso pra mim, por isso tento trazer um pouco de positivismo nos quadros.
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